Biologia molecular facilita a detecção de agentes causadores de infecções urogenitais
Muito conhecida e utilizada na investigação do HPV, a biologia molecular ganha espaço para ajudar na análise de agentes que ocasionam infecções urogenitais, muitas delas consideradas doenças sexualmente transmissíveis. Entre elas estão as infecções por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, que ocasionam desde uma uretrite ou cervicite, até condições mais graves, como a doença inflamatória pélvica e a infertilidade.
A novidade é que tal análise agora requer apenas uma coleta. Assim, é possível detectar, por meio da PCR, além do HPV, esses dois patógenos simultaneamente. Seja em amostra de colo do útero ou urina, o tubo único enviado é processado e analisado para a pesquisa de um ou de todos esses agentes, desde que indicados na solicitação médica.
Em comparação a outras técnicas laboratoriais, como a sorologia, a cultura ou os métodos imunológicos, a PCR em tempo real tem a vantagem de utilizar a tecnologia de dual-probe, que possibilita um aumento significativo de especificidade, sensibilidade e acurácia. Ademais, diferentemente dos métodos tradicionais, que medem a resposta imunológica do organismo ao patógeno pela geração de anticorpos, o exame é capaz de detectar o agente patogênico mais cedo que os testes sorológicos, uma vez que os pacientes demoram algumas semanas para desenvolver anticorpos contra o agente.
A sequência de material genético, mesmo proveniente de apenas uma célula, é copiada por várias vezes, criando milhões de cópias de um segmento particular de DNA. Gera-se, então, uma amostra que é suficiente para detectar a presença ou ausência de vários agentes infecciosos, tanto vírus como bactérias, bem como alguma sequência específica de material genético.